domingo, 19 de junho de 2011

Amor Romântico e Dopamina

 

                   "Com amor consegue-se viver mesmo sem felicidade."
                                                             
                                                                    Fyodor Dostoyevsky

O amor romântico é um forte sentimento de atração por uma outra pessoa, muitas vezes intenso, dificil de controlar e exaustivo. Manifestada a paixão em devida circunstância, o indivíduo tende a ser menos racional, priorizando o instinto de possuir o objeto que lhe causou o desejo. Comumente, o apaixonado pode sentir-se eufórico e, se rejeitado, pode ficar violento ou desanimado. Sendo assim, o apaixonado pode transcender seus limites no que tange a razão e, em situações extremas, beira a obsessão.
Em uma pesquisa recente, a antropóloga Helen Fisher e seus colaboradores, escanearam o cérebro de pessoas que estavam apaixonadas. Os pesquisadores mostraram alternadamente retrados da pessoa amada ou de uma pessoa neutra ao indivíduo durante o escaneamento e compararam a diferença. Como o esperado, as imagens da pessoa amada acenderam a área tegmentar ventral (VTA), que e rica em dopamina com projeções para o nucleus accumbens. Essas são as regiões corticais que medeiam motivação e recompensa e estão relacionadas as adicções, ou seja, a busca continua de uma substância ou atividade apesar das consequências negativas. O núcleo caudado, área ativa no transtorno obssessivo-compulsivo, também foi ativada neste estudo.
A partir disso, de uma maneira simplista, poderiamos conceituar como aspectos do amor , tanto uma adicção quanto uma obsessão.

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